22Jul
Como funcionam os rituais fúnebres no judaísmo? Veja!

Curiosidades: como são os rituais fúnebres no judaísmo?

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Para os judeus, a alma é algo eterno. Cada um está na Terra por uma missão a cumprir. A morte é só o fim do que é material. Assim como muitas religiões, o judaísmo tem várias crenças concernente à morte e sua preparação. Seus rituais são cheios de simbolismos e práticas antigas. Se alguma vez teve curiosidade sobre o assunto, confira neste artigo como são os rituais fúnebres no judaísmo! Boa leitura!

Quais as rituais fúnebres no judaísmo?

1- Cuidados com o corpo

Anunciada a morte de um judeu, a primeira providência da família é comunicar o Chevra Kadisha. Este é um grupo de voluntários que orienta e realiza todos os procedimentos funerários. Eles ajudam no Tahara, a preparação do corpo, também conhecido como momento de purificação.

Um banho cuidadoso com água pura é feito pelo grupo, enquanto preces são recitadas. Essas devem pedir perdão por possíveis pecados cometidos em vida pelo falecido. Tudo é realizado no cemitério israelita, em um local reservado. Essa tradição segue o que diz o Livro de Eclesiastes: “assim como veio, assim irá”. Isso porque, quando os bebês nascem, recebem logo um banho de purificação. Assim, por esse trecho do livro, acreditam que devem fazer o mesmo no momento da morte.

Depois do banho, é parte dos rituais fúnebres no judaísmo vestir o falecido com o Tachrichim, um conjunto de roupas brancas. Essas representam a neutralidade com que a alma irá se encontrar com Deus.

Os olhos recebem uma pedra cada um. Também é repousada uma terceira pedra na boca. A religião difere sobre os significados disso. Depois, o caixão é fechado ou o corpo enrolado em um pano branco e ocorre um breve velório.

2- Sepultamento 

Orações fúnebres são recitadas em hebraico. Pela lei judaica, o corpo deve ser sepultado o mais breve possível, de preferência no mesmo dia da morte. Para eles, a alma não consegue descansar até ser sepultada. Apenas em situações incomuns é que isso é atrasado.

Seguindo os rituais fúnebres no judaísmo, o corpo deve ser sepultado em um caixão simples, sem ornamentos. Uma Estrela de Davi na parte superior, assim como as iniciais do morto, serão as únicas marcações no caixão. Isso porque a tradição diz que todos devem ir como iguais, sem distinção de riqueza. O sepultamento deve ser feito em um cemitério israelita, em um jazigo único, com apenas um parente a mais em cada túmulo.

O caixão é colocado em contato com a terra, com um membro da família sendo responsável por jogar as primeiras pás de terra sobre a urna. Uma lápide é colocada com escritos hebraicos informando nome, data de nascimento e morte, além de citações religiosas.

3-Pedras sobre as lápides

Parte dos rituais fúnebres do judaísmo, depois de um ano, pedras são colocadas sobre o sepulcro, com várias interpretações do porquê disso. Esse gesto, segundo ensinamento comum, assegura que os mortos não serão esquecidos e a sepultura não será profanada.

Deixar uma pedra nova poderá simbolizar que o monumento ao falecido é um processo contínuo, sempre se completando. Embora a prática seja comum a judeus, poderá ser estendida a gentios, em casos de homenagem. É o caso da sepultura de Oskar Schindler, que salvou judeus na Segunda Guerra Mundial, por exemplo.

Judeus aceitam a cremação?

No geral, não. Como regra geral, o judaísmo é uma das religiões que não aceitam cremação.  A religião entende que o ato era originalmente um ritual pagão e a lei judaica proíbe a mutilação do corpo. Segundo a crença, é levado um tempo até que a alma se separe por completo da carne. O processo, assim, deve seguir a decomposição natural do corpo. A cremação separaria, de maneira brusca e dolorosa, os elementos carnais e espirituais.

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